Discursos
de ódio contra negros nas redes sociais
Discursos de ódio contra negros nas redes sociais
Este livro tem origem na dissertação de mestrado da autora, que tem por objetivo documentar o racismo nas redes sociais e apresentar ferramentas de combate ao ódio, através de um novo contrato social.
A primeira parte é a contextualização histórica: como nosso país é forjado na escravidão, passa pelos movimentos sociais, pela redemocratização, até chegar aos dias atuais de polarização política e supremacismo branco.
A
segunda parte é sobre o discurso de ódio daqueles que se dão o direito de
agredir e perseguir em nome da liberdade de expressão, apresentando como
exemplo a página Senti na pele (Facebook), criada por Ernesto Xavier,
jornalista e antropólogo; e a plataforma Teaching Tolerance, como ferramenta
para professores no enfrentamento ao discurso de ódio nas instituições de
ensino.
Sobre o Autor
Luciana Barreto, nascida em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, é jornalista, palestrante, pesquisadora, escritora. Formada em jornalismo pela PUC-Rio, é mestre em relações étnico-raciais pelo Cefet-RJ. Ganhou o Prêmio Nacional de Jornalismo Abdias Nascimento, em 2012, pelo programa Caminhos da Reportagem – Negros no Brasil: brilho e invisibilidade. Foi eleita pela Think Olga uma das Mulheres Inspiradoras de 2015. Recebeu o Prêmio Sim à Igualdade Racial, na categoria Raça em Pauta, em 2018, por seu trabalho na mídia contra o racismo. Em 2021, foi reconhecida como uma das 100 Pessoas Mais Influentes de Descendência Africana (Mipad) na categoria Mídia pela ONU. Atualmente é âncora da CNN Brasil.
Mulher negra. Mãe e avó. Brasileira. Carioca. Jornalista. Do candomblé. Do samba. Democrata. Comentarista @globonews Colunista @jornaloglobo e @cbnriodejaneiro Podcaster no @angudegrilo
Trecho. © Reimpressão autorizada. Todos os direitos reservados
“Discursos de ódio contra negros nas redes sociais” é livro que diagnostica e denuncia, ensina e alerta. Se preocupa, Luciana Barreto também nos esperança, seja pela memória de luta do povo preto no Brasil, seja por apresentar iniciativas de enfrentamento ao racismo digital e aos discursos de ódio. A resistência é permanente. Seguimos.”
Flávia
Oliveira ? jornalista
(trecho do prefácio)
Editora Pallas; 1ª edição (30 outubro 2023)
Este
livro tem origem na dissertação de mestrado da autora, que tem por objetivo
documentar o racismo nas redes sociais e apresentar ferramentas de combate ao
ódio, através de um novo contrato social.
A
primeira parte é a contextualização histórica: como nosso país é forjado na
escravidão, passa pelos movimentos sociais, pela redemocratização, até chegar
aos dias atuais de polarização política e supremacismo branco.
A segunda
parte é sobre o discurso de ódio daqueles que se dão o direito de agredir e
perseguir em nome da liberdade de expressão, apresentando como exemplo a página
Senti na pele (Facebook), criada por Ernesto Xavier, jornalista e antropólogo;
e a plataforma Teaching Tolerance, como ferramenta para professores no
enfrentamento ao discurso de ódio nas instituições de ensino.
Editora
Pallas; 1ª edição (30 outubro 2023)
Idioma
Português
Capa
comum 112 páginas
ISBN-10 6556021148
SOBRE
O LIVRO
O ódio
contra negros nas redes sociais: denúncias de racismo crescem 36% no Brasil
Por Tiago
Rogero
03/06/2019
• 04:00
De 2017
para 2018, o número de casos de racismo reportados à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos cresceu 36% no Brasil, passando de 12,2 mil para 16,6 mil.
São ataques virtuais como “Credo! A Miss Piauí tem cara de empregadinha”, sobre
a Miss Brasil 2017, Monalysa Alcântara, a modelo negra piauiense, ou “só quero
que ela morra antes do Miss Universo”.
Foi
tentando entender — para combater — esses ataques que a coleguinha Luciana
Barreto conduziu nos últimos dois anos a dissertação de mestrado “Discursos de
ódio contra negros nas redes sociais”, defendida e aprovada na última sexta, no
Cefet-Rio. Em breve, o estudo vai virar livro.
“O hater precisa
‘derrotar’ a vítima”, explicou Luciana. Ele ataca para desvalorizar o outro e,
assim, convertê-lo à sua opinião. Só que não dá para “converter” uma pessoa
negra em branca. Nesse caso, concluiu Luciana, “o racismo seria a expressão
mais extremada do ódio. Não há tentativa de conversão, mas de eliminação”.
Para ela,
esses ataques — que proliferam — não são apenas um reflexo do racismo já
presente na sociedade brasileira: eles estão criando uma “nova e potencializada
conjuntura de ódio”. Luciana concluiu que há nas redes um “acirramento dos
conflitos raciais”:
— Não
estamos olhando para o risco que corremos quando esses discursos de ódio
circulam pelas redes sem um antídoto, sem um contradiscurso. Sugiro que
pensemos juntos soluções efetivas de combate ao ódio contra negros.
Segue…
Veja, de acordo com o estudo
desenvolvido por Luciana Barreto, as características do discurso de ódio contra
negros nas redes sociais:
– a
tentativa de desumanização da população negra, seja no ataque à cor da pele ou
a frequente de comparação com símios.
– o
desprezo pelo continente africano, remetendo aos estereótipos, como atraso e
selvageria, por exemplo.
– a
exaltação do mérito como conquista do branco em contraponto à falta de esforço
da população preta para associá-la a pobreza.
– o
ataque constante à estética negra, diminuindo toda e qualquer possibilidade de
o belo estar atrelado aos traços físicos do negro.
FONTE :
https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/o-odio-contra-negros-nas-redes-sociais-denuncias-de-racismo-crescem-36-no-brasil.html