Ansiedade de informação: como transformar informação em compreensão
(comentários de Heller de Paula)
“Assim como comer sem vontade faz mal à saúde, também estudar sem gosto faz mal à memória, que não retém nada do que recebe” (DA VINCI apud WURMAN, 1991, p. 145)
“Nossos guias procuram oferecer múltiplos caminhos para o aprendizado” (WURMAN, 1991, p. 156)
“Nunca acredite pela fé; veja por si. Aquilo que não aprendeu por si, você não sabe” (BRECHT apud WURMAN, 1991, p. 169)
“E, no entanto, é no domínio do óbvio que reside a maioria das soluções” (WURMAN, 1991, p. 172)
“O aprendizado comparativo, fazendo ligações entre uma informação e outra, é o conceito do qual derivo minha “primeira lei”: você só aprende o que tem alguma relação com o que compreende” (WURMAN, 1991, p. 180)
“Entre os teóricos do aprendizado, isso é conhecido como apercepção, conceito proposto inicialmente no século XIX, definido como “um processo em que idéias novas se associam a idéias antigas já presente na mente”” (WURMAN, 1991, p. 180)
“A teoria da apercepção diferia do ponto de vista anterior, que considerava a mente uma substância já formada, passível de ser educada ou treinada. A apercepção implica que a mente é como uma estrutura livre na qual as idéias podem ser penduradas” (WURMAN, 1991, p. 181)
“Para os professores, isto significada não encarar os alunos como “folhas em branco” e trabalhar com experiências que estes já tivessem tido, para enriquecê-las e construir sobre ela” (WURMAN, 1991, p. 181)
“Você tem que dar ao observador coisas que ele conheça” (WURMAN, 1991, p. 184)
“Como um novo produto ou idéia pode ser relacionado a algo que o mercado já compreende?” (WURMAN, 1991, p. 185)
“Para traduzir valores, os números precisam ser relativos àquilo que você possa entender” (WURMAN, 1991, p. 191)
“Qualquer assunto amplo pode ser dividido em fatias. Cada fatia ajuda a compreender o que não se consegue captar como um todo. Se dividir um assunto, é pouco provável que ele possa subjugar você” (WURMAN, 1991, p. 193)
“Isso é parte do processo de informação; você tem de construir a partir de coisas que compreende. As comparações permitem o reconhecimento. Nós reconhecemos a noite pela sua diferença em relação ao dia. Reconhecemos todas as coisas pela sua relação com outras coisas, pelo contexto em que estão” (WURMAN, 1991, p. 197) (WURMAN, 1991, p. 131)
“Quem nunca falha, nunca ficará rico” (SPURGEON apud WURMAN, 1991, p. 214)
“A aceitação do fracasso como um prelúdio necessário ao sucesso é imperativa para reduzir a ansiedade” (WURMAN, 1991, p. 215)
“Histórias são um veículo para dar vida a fatos e números” (WURMAN, 1991, p. 253)
“Contar histórias é uma outra forma de colocar a informação no contexto e de lhe dar o brilho dourado da memória” (WURMAN, 1991, p. 253)
“Nossas percepções são invariavelmente polarizadas pelo nosso ponto de vista. Devido a essas limitações, elas são idiossincráticas; ninguém vê as coisas da mesma maneira” (WURMAN, 1991, p. 265)
“A informação enriquece a percepção. É ela que distingue o processo fisiológico de ver, típico de uma câmara, do ato de perceber, típico da mente” (WURMAN, 1991, p. 275)
“[…] os mapas não são os ambientes em si, e sim apresentações destinadas a mostrar um ambiente em sua ausência, apresentações destinadas a ‘representar’ de tal forma que possibilite ao leitor do mapa deduzir sistematicamente os atributos do ambiente mapeado” (WELTMAN apud WURMAN, 1991, p. 284)
“[mapas] Podem dar sentido ao caos, definir o abstrato através do concreto e, de modo geral, funcionam como armas com as quais conseguimos dominar idéias complexas e números rebeldes” (WURMAN, 1991, p. 289)
“Os mapas não são espelhos da realidade; são um meio para compreendê-la” (WURMAN, 1991, p. 310)
“Uma torradeira entregue de caminhão não é diferente de uma entregue de pára-quedas. Mas se o produto é informação, o modo com é entregue afeta completamente sua forma” (WURMAN, 1991, p. 310)
Referências
WURMAN, Richard Saul. Ansiedade de Informação: Como Transformar Informação em Compreensão. São Paulo: Cultura Editora Associados, 1991.