Livros: indicações: Lélia Gonzalez - um chamado

Livros: indicações: Lélia Gonzalez - um chamado

LÉLIA GONZALES – UM CHAMADO

A editora Cia das Letras, a Editora Boitempo e outras estão convidando a todos para celebrar o que seriam os 90 anos da escritora, ativista, e defensora do feminismo negro, nascida em 1935, que nos deixou precocemente em 1994. Sem dúvida, uma das mais importantes intelectuais do século XX, no Brasil e para o mundo.

Lélia nos deixou muito cedo, mas sua obra ficará para sempre nos anais daquelas que lutaram pela libertação da mulher, para compreensão de como se dá a exploração das massas trabalhadoras, para a compreensão do que depois veio a se chamar de racismo estrutural. 

Assim se expressa o site da Cia das Letras: “Lélia Gonzalez completaria 90anos em fevereiro. Uma das maiores intelectuais e ícone do feminismo negro, ela deixa uma vasta obras escrita e tem sua vida contada por Sueli Carneiro. Confira os livros e os eventos que homenageiam a ativista” (reply@mail.companhiadasletras.com.br).

Além de toda atuação como militante pelos lugares onde atuou, foi educadora e filósofa, pós-graduada em comunicação “fez várias incursões acadêmicas nos terrenos da antropologia, psicanálise e sociologia”. 

“Por dominar o inglês, o francês e o espanhol, traduziu diversas obras; era uma estudiosa ímpar, uma mulher negra do mundo, como definiu a escritora e doutora Sueli Carneiro, que acaba de lançar o livro biográfico Lélia Gonzalez: um retrato, pela editora Zahar” (site citado)

                                                                                                          


O livro Por um feminismo negro afro-latino-americano, organizado por Flavia Rios e Márcia Lima, “reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história – 1979-1990 e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe” (www.companhiadasletras.com.br)

                                                                                                      


Para celebrar o legado dessa grande pensadora, ativista e intelectual brasileira, a Boitempo se une a instituições parceiras em uma programação especial.

Em São Paulo, em exposição que se encerra em 09 de fevereiro, em parceria com o SESC-São Paulo, foi inspirada no livro Festas populares no Brasil, publicado pela editora em 2024. 

“A aguardada edição está disponível em formato capa dura e brochura. É o único livro que Lélia Gonzalez publicou em vida exclusivamente como autora. Premiada internacionalmente, a obra foi publicada originalmente em 1987 em tiragem restrita encomendada por uma empresa para presentear seus funcionários, e nunca tinha sido lançada no mercado livreiro até aqui”. (https://blogdaboitempo.com.br/).

                                                                                                    

Outras referências.

                                                                                                    

Lélia Gonzalez – retratos de um Brasil Negro, por Alex Ratts e Flavia Rios, aborda, em grande parte biográfica a vida e a obra dessa grande escritora. Edições Selo Negro.

                                                                        


(nota da editora)

“Num país onde o racismose disfarça destrás do mito da democracia racial, Lugar de negro põe efetivamente, muitas coisas no lugar. Lélia Gonzalez traça um histórico do movimento negro e dos avanços de seu protagonismo político, culminando na criação do MNU (Movimento Negro Unificado), e Carlos Hasenbalg demonstra a tese do legado escravista como explicação única para as desigualdades raciais contemporâneas.”

Publicado originalmente em 1982, este livro apresenta ainda hoje reflexões cruciais para a agenda intelectual e política do Brasil.

                                                                                                   

“Ao entregar para a população a obra Feminismos, ações e histórias de mulheres, Amelinha Teles desenvolve mais um trabalho brilhante em favor da conscientização das mulheres sobre seus direitos , sua história política e outras possibilidades de existência. Trata-se de uma pedagogia de formação política de enfrentamento `estrutura hegemônica do patriarcado . Por meio desta obra, a leitora e o leitor irão se deparar com fundamentos teóricos dos feminismos, com a trajetória de mobilização dos direitos das mulheres pelos movimentos sociais de base e com as conquistas que são presentes até hoje. ...”                                                                 Djamila Ribeiro

 

                                                                                                      

Com o título A potência Lélia Gonzalez, Melina de Lima, sua neta, nos brinda com este depoimento que situa perfeitamente a atuação de sua avó na resistência a um dos golpes mais duros que o país já sofreu, ao denunciar o racismo e o mito da democracia racial no Brasil. 

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